segunda-feira, 25 de julho de 2011

Jake - O Garoto Desaparecido

Essa é a continuação da História: Jake - O garoto que amava a Madonna, se você ainda não leu a primeira parte desista de ler essa antes, clique aqui e confira o início de tudo.


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"O segredo é saber como morrer"

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Enquanto isso seu tio voltava do banheiro sem ter o encontrado, e diz a mãe Castellan o acontecido, desesperada ela liga aos outros familiares para que tentem se comunicar com o jovem.


E no lixão Jake mancava por uma trilha de terra entre as montanhas que exalavam enxofre, nos céus urubus rondavam. Parecia ser o fim para o jovem, até que um caminhão estava retornando e para e o motorista diz:

- O que um jovem como você estaria fazendo no meio de tanto lixo?

- Eu vim parar aqui sem querer, eu estava indo para o aeroporto quando minha mala foi parar num caminhão e eu o segui até aqui, mas agora não me importo mais, eu já devo ter perdido meu vôo, alias que horas são? – diz Jake.

- Agora é dez para as quatro, meu jovem – responde o caminhoneiro imaginando a história do garoto – que horas era seu vôo?

- Eu deveria estar no aeroporto até as quatro horas, mas agora não dá mais tempo. – responde o jovem cabisbaixo.

- Eu posso te levar até lá a tempo, o caminhão pode parecer lento, mas tem um motor potente pra agüentar tanto peso, venha entre! – respondeu o motorista animando o garoto – olá, meu nome é Bonder, James Bonder.

- Prazer Bonder, eu sou Jake – disse o jovem com um enorme sorriso no rosto.

- Coloque o cinto e se segure, a viagem é longa e a velocidade alta – falou Bonder com um sorriso torto malicioso.

O motor roncou fortemente, e o caminhão saiu cantando pneus, a velocidade era maior do que qualquer pessoa poderia imaginar. Em poucos segundos o caminhão estava saindo do aterro e o velocímetro marcava 120 km/h, no rosto de Jake um sorriso estampado, a esperança havia renascido, sua felicidade era tanta que se esqueceu que estava cheirando a uma salada de ovos podres e a dor da sua perna.

Já eram 15hrs: 54min, e eles ainda precisavam atravessar um bairro, mas levaria apenas dois minutos. Jake já conseguia ver o aeroporto, e começava a imaginar como seria conhecer a Madonna, foi quando Bonder perguntou:

- Pra onde você tá indo, meu jovem?

- Para os Estados Unidos – respondeu Jake.

- Vai fazer o que lá? – perguntou novamente o caminhoneiro.

- Vou conhecer a Madonna – respondeu ansiosamente o garoto.

- Os Estados Unidos é grande, como tem certeza de que vai realmente conhecê-la? – disse ironicamente James.

- Ela tem um show semana que vem em Nova York, vou tentar entrar nos bastidores – retrucou o jovem Castellan.

- Espero que tenha dinheiro para pagar tudo isso – disse o motorista observando que se aproximava cada vez mais do aeroporto – O meu sonho, é abrir uma fábrica de cola, uma cola diferente. Existe cola pra papel, cola pra madeira, cola pra borracha, mas por que nós não temos uma única cola que sirva para tudo?

- Não sei – respondeu Jake agora com um pouco de receio em continuar falando com o motorista.

- Bom, é basicamente essa a minha ideia, criar uma cola pra tudo, eu chamaria de Super Bonder, seria em minha homenagem, até mesmo porque eu fui o grande precursor dessa super cola – relatou o caminhoneiro com um brilho intenso nos olhos.

- Claro você tem toda a razão – respondeu o adolescente sem prestar muita atenção no que o homem havia dito.

Enquanto isso, do outro lado da cidade os familiares estavam ligando freneticamente para Jake, em busca de seu paradeiro. Porém o celular de Jake havia ficado no aterro, então não tiveram nenhuma notícia.

Estavam a alguns metros do aeroporto quando o caminhoneiro parou e disse:

- Essa é o mais próximo que eu posso chegar do aeroporto, senão terei que procurar uma vaga pra estacionar e digamos que seja meio difícil achar uma com um veículo desse porte. E fora que os riquinhos não vão gostar desse cheiro muito próximo deles.

- Sem problema Bonder, James Bonder – respondeu Jake com um sorriso tímido lembrando que esse nome lembrava o 007.

- Foi um prazer ter te ajudado garoto, boa sorte com a Madonna – disse outra vez ironicamente James.

- Eu que agradeço por tudo, por fim que horas são? – perguntou o adolescente.

- Acho melhor você correr, já são quatro horas – disse Bonder num tom de desânimo.

- Obrigado! –respondeu Jake enquanto saia pela porta do caminhão.

O jovem então começa a correr, porém logo a dor na perna que havia acidentado no carro começa a doer então, ele manca em direção a porta. Seu estado era péssimo, completamente sujo e machucado.

Passou pela porta do aeroporto e se dirigiu ao gabinete fazer seu check in. Entregou seus documentos e olhou para o relógio enorme suspenso no meio do aeroporto, eram 16hrs: 01min. “No horário” pensou Jake.

- Aqui está senhor! Boa viagem – disse a funcionária devolvendo a identidade do adolescente, que havia completado 18 anos a algumas semanas.

Então o garoto se dirigiu a sala de embarque, porém era repudiado pelas outras pessoas por causa do seu cheiro. Passou pela revista sem nenhum problema. Entrou na sala e se acomodou num canto, onde começou a assistir o telejornal local, a apresentadora estava finalizando a matéria sobre o bullying na escola, quando ela virou para a outra câmera e disse:

- E a polícia acaba de divulgar a notícia que o jovem de 18 anos, Jake Castellan Dellaware, filho da publicitária May Castellan e do executivo Adam Dellaware, está desaparecido. Agora vamos com a repórter Vanda Luckenberg que está no local onde ele foi visto pela última vez, Vanda conte um pouco mais para nós desse terrível desaparecimento.

- Atenção senhores passageiros do vôo 437, embarque pelo portão 15 – sinalizou o aeroporto, era o avião de Jake, que naquele momento estava boquiaberto com a repercussão do seu caso.

Todos os passageiros embarcaram, entretanto como sua perna estava realmente ferida, o jovem Castellan foi mancado e por isso foi o último, quando entregou o seu ticket a comissária de bordo ela lhe disse:

- Sinto muito senhor, nessas condições o senhor terá que ficar na segunda classe, a nossa empresa tem um alto rigor quanto a primeira classe.

- Mas eu vou poder viajar correto? – indagou o jovem “desaparecido”

- Poderá, contanto que seja na segunda classe. – respondeu a comissária.

- Sem problema! – disse Castellan enquanto entrava no avião com um sorriso no rosto – Com licença, você por acaso teria um kit de primeiros socorros? Minha perna está machucada.

A moça se dirigiu a um armário do lado direito do banheiro, o abriu e pegou uma caixa e entregou a Jake.

- Aqui está senhor, qualquer coisa é só chamar. – disse simpaticamente a mulher.

- Muitíssimo obrigado.

Jake se acomodou em sua poltrona e logo o piloto deu o comunicado da decolagem. O avião decolou suavemente, tudo corria bem, nada poderia mais dar errado, pensou o adolescente.

Contudo logo que o piloto disse que os cintos poderiam ser retirados, um grupo de cinco homens se levantou e disseram:

- Viva Alá! – todos gritaram.

- O avião está agora sobre o comando de Alá e será jogado no Pentágono, para conseguirmos muitas virgens no paraíso, Mohamed explique a eles – disse um homem que se dirigiu para a cabine do piloto.

- Alá disse que nós deveríamos destruir a sede dos impuros, assim nós teríamos muitas virgens no paraíso. Por isso nesse avião há cento e vinte quilos de explosivos, eles estão dentro de cada um de nós, se algum de vocês tentarem nos impedir nós os explodiremos. Contentem-se em morrer a favor de Alá! – disse o suposto Mohamed enquanto tirava uma faixa vermelha, cuja qual amarrou em sua cabeça, nela estava escrito: מוות טמא.


To be continued...

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