sábado, 16 de julho de 2011

Garoto Taz



Olá meus gloriosos, amados, queridos e caros leitores –nem puxei o saco- hoje, assim como outros dias, irei falar de algo relacionado à educação, mas hoje será um pouco diferente, porque esse texto será puro.

Você deve estar achando isso meio impossível, até porque eu estou falando de colégios. ERRADO, eu irei falar de escolas, escolas municipais, aquelas que têm aquela pirralhada criançada. Hoje irei contar uma história um tanto quanto velha, irei falar do meu primeiro dia de aula no pré, o primeiro contato com o que hoje se torna uma obrigação exaustante. Então vamos lá...

...

Como todo colégio municipal as aulas iniciavam-se no dia 1º de fevereiro, e eu estava ansiosíssimo para meu primeiro dia de aula, nunca tinha ido à escola, até então eu pensava que a escola seria a melhor coisa do mundo, eu iria aprender tudo, poderia me transformar em um cientista, pois é eu realmente sonhava muito.

A escola não era longe de casa, na verdade era muito perto, então eu fui a pé acompanhado da minha mãe, em meu rosto um enorme sorriso estampado, porém quanto mais perto do colégio eu chegava mais pranto e bater de dentes eu ouvia, eram meus futuros colegas de sala, não gostavam da escola quanto eu, mas eu não liguei nada, absolutamente nada poderia estragar minha felicidade naquele momento.

A estrutura física do colégio era básica, cinco salas de aula, um pátio de terra batida e uma quadra esportiva descoberta cimentada, hoje isso é muito pouco, mas naquela época era tudo pra mim. Fui para a sala e o 1º dia de aula clássico começou com as apresentações dos alunos, das professoras.

Depois de todos se apresentarem recebemos algumas folhas sulfite para desenharmos e depois era o intervalo, eu diferente de todas as outras crianças não conhecia ninguém, então eu era solitário, estava “aproveitando” meu intervalo sozinho andando pelo terrão pátio, observando o tempo, a escola, os alunos, quando inesperadamente, um garoto realmente idêntico ao Taz coloca sua mão em meu ombro e fala de um modo tão alto que parece gritar:


- Peguei você! – eu me virei, vi o rosto semelhante ao do diabo da tasmânia, com seus cabelos que beiravam o chão. Aos meus seis anos aquela foi a visão do inferno, retirei a sua mão do meu ombro e corri, corri mais do que podia, corri mais do que devia, mal conseguia respirar depois ao entrar na sala de aula.

Passei o resto da tarde encarando aquele garoto para ter certeza de que ele não chegaria perto de mim novamente, não prestei atenção na música dos patinhos, não prestei atenção na professora. Porém isso nunca me afetou, uma vez que eu não aprendi ABSOLUTAMENTE nada naquela série, e não foi por medo do Garoto Taz.

Um tempo depois descobri o nome do Garoto Taz, era Roger e descobri mais tarde que ele era legal, apenas a primeira impressão não foi muito boa, é realmente não foi nada agradável.

E com isso meu primeiro e marcante dia de aula, termina.

...

Bom e é isso leitores das crônicas dramáticas de Bruno Lorensato, espero que tenham gostado. E eu dedico esse post a minha querida Loo, ela não é a Garota Taz, mas marcou a minha vida tanto como se fosse.
Obrigado!

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