terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cheirinho: A História Do Garoto Traumatizado

 Como todas as terças e quartas feiras, você conta com uma história, real ou fictícia. E com base nas histórias de uma antiga professora, de seu filho e de outras testemunhas hoje irei contar a história do “Cheirinho”, ninguém nunca realmente soube o seu nome. Alguns podem acabar sorrindo, enquanto outros chorando, confira...


...Os fatos a seguir têm uma procedência verídica...

A data ninguém sabe ao certo, mas com certeza os fatos atravessarão gerações.

...

Ele não era um garoto tão diferente, tinha a mesma idade, os mesmos problemas, na verdade ele não era tão semelhante às outras pessoas, sua mãe, por exemplo, foi morta com 20 facadas pelo seu pai que era traficante, portanto sua escolha for morar com sua avó, porém sua idade a causara sérios problemas mentais, com isso voltou a morar com o seu padrasto.

Cheirinho frequentava uma escola estadual frequentemente, por acaso a mesma na qual EU estudava, suas notas eram baixas, era bullinado por causa de seu cheiro, dado ai a origem do nome, além desses problemas Cheirinho ainda era obrigado a vender maconha por seu padrasto.

Num belo dia cinza e melancólico, a Polícia Militar Patrulha Escolar decide fazer revistas em todas as salas para conferir se não havia nenhum tipo de material inapropriado. Cheirinho não soube disso e sua bolsa estava repleta de maconha, as bolsas dos colegas iam sendo revistadas e ele ia ficando pálido, o suor começava a escorrer por seu rosto, a tensão aumenta, até que o Policial diz:

- Me dê sua bolsa, jovem!

Num ato desesperador, Cheirinho agarra sua bolsa e sai correndo da sala e num ato de reflexo um policial o persegue pelas dependências do colégio.

O jovem correu, porém escolheu o caminho errado, desceu para a área da biblioteca um beco sem saída, os policiais o encurralaram e o prenderam, abriram sua mochila e lá dentro havia 5 kg de maconha. Cheirinho foi levado à direção, onde o interrogatório começou:

- De quem é essa droga?

- Do meu padrasto! – respondeu Cheirinho.

- O que você está fazendo com ela?

- Ele me obriga a vender, senão quando eu chego em casa ele abusa de mim. – disse o adolescente.

- Que tipo de abuso?

- Sexual, macacos me mordam!

- O que seu padrasto faz?

- Ele é traficante!

Qual o telefone da sua casa?

- 9999-6666

Os policiais ligaram para o padrasto do garoto que compareceu até o colégio, onde foi preso. Quanto a Cheirinho, finalmente se livrou do árduo trabalho de garoto de programa traficante. Foi ao médico, onde foi comprovado que ele apenas fedia, pois havia sofrido demais com os abusos do padrasto. Após o exame médico, Cheirinho foi para uma clínica psiquiatra, onde ficou internado por um bom tempo, até que se recuperou do trauma, porém seu organismo nunca mais foi o mesmo, mas tinha um lado bom nisso, ele nunca precisou tomar Activia.

...

Com isso é possível analisar a interdependência que fazem do bullying, o Bullying.

Nesta história está divido em 3 partes, a primeira é o tráfico de drogas, que agrava a vida social,com isso a chances de encontrar a “alma gêmea” diminuem e criam a segunda fase, a pedofilia, um jeito mais rápido e simples de suprir momentaneamente a necessidade carnal. A pedofilia por sua vez cria um desconforto na vítima e a isola das outras pessoas por medo, o que causa a terceira e última fase o Bullying. E todas essas fases estão muito próximas de você. Está no colégio, no escritório, porque como você, como o Marcelo, como a Vânia, como a mãe dela, como o Kayo, como a Karina, nós estamos a mercê de tudo isso.

 Esse não foi um post para realmente ter um teor cômico, mas sim irônico, mostrar como está a situação do nosso país, do descaso com a população e mesmo assim ainda teremos uma Copa do Mundo aqui, quem precisa de uma Copa quando é preciso vender o corpo para conseguir comprar a própria comida?

Reflita...

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