domingo, 7 de agosto de 2011

Baseado em furtos reais

Antes de começar, saiba apenas que esse texto não é inédito, mas resolvi coloca-lo aqui porque esse fato realmente aconteceu, e isso é o que me deixa mais desiludido da humanidade...

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E eu juro que não estava entendendo nada!

Como assim? Pra que uma coisa dessas? Bom, no final das contas, ele havia entrado ali, com um objetivo claro, certeiro: furtar!

Mas não era qualquer furto; quem furta qualquer coisa é moleque cheirador de cola. E desses, curioso, o dono da casa tinha ódio! Imagine, poderiam entrar na sua casa e roubar a toalha no varal... Pensa bem, que coisa mais fuleira!

Mas não; o dono da casa admirava os grandes ladrões, aqueles que fazem do furto uma arte (e por que não seria?). Planejamento, espera, atitude rápida e decisiva; lucro no bolso, ou nas mãos mesmo, correria pra um boteco, tomaria uma pinga, riria do dono da casa que ali dormia, incólume, sem saber que, logo ali, alguém lhe tirava um bem.

Seria precioso para o dono da casa? Qual o valor daquilo? De certa forma, esses pensamentos concorriam com outros; transpiravam-lhe as mãos. Era um furto, decerto. Mas que mal haveria? Para ele, o ladrão, aquilo não era nenhum crime hediondo. O bem estava ali, bem nas fuças de quem quisesse ver! E claro, tivesse a coragem de levar.

Ele teve, mesmo debaixo daquela chuva torrencial. Pensou que, de alguma forma, seria bom para ele. Pulou o muro, baixo, que convidava ao delito. Suas mãos procuraram o melhor ângulo, calculou a força, puxou dali seu produto e evadiu-se, tomando rumo ignorado.

O dono da casa acordou, abriu a janela e, no primeiro momento, não entendeu. "Mas é o fim da picada... Roubaram meu pé de pimenta!"

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